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O que é o estado de insatisfação crônica? Veja como superá-lo

Era uma vez uma bela moça que se casou com um médico sem sucesso, dando a ela uma vida bem diferente do que ela imaginava. Em vez do contato com a alta sociedade e festas sofisticadas, a esposa acumulou tarefas domésticas e uma enorme insatisfação crônica, escapando da realidade com suas leituras de ficção.
Estamos falando de Emma Bovary, uma das personagens mais famosas da literatura mundial e protagonista do maior romance de Gustave Flaubert — pioneiro dos romances realistas —, escrito em 1857.
Madame Bovary chamou a atenção do filósofo francês Jules de Gaultier, que cunhou o termo “bovarismo”. Também conhecido de Síndrome Bovary, o conceito se refere ao estado de insatisfação crônica, caracterizando pessoas que insistem em negar a realidade e estão sempre inconformadas com sua condição atual.
Sem dar “spoiler” para quem não leu a história, digamos apenas que é triste o fim de Emma. Para que você não viva e não termine como ela, é interessante entender mais sobre o assunto e superar os indícios de uma vida pautada pela insatisfação. Acompanhe!

O que é insatisfação crônica?

O escritor italiano Carlo Dossi dizia que “a metade da vida é desejo, a outra metade é insatisfação”. Em um mundo capitalista de consumo desenfreado, essa afirmação se torna ainda mais enfática. Estamos sempre querendo algo mais e, na maioria das vezes, ficamos insatisfeitos com a vida que temos.
Tudo bem, isso é parcialmente natural. Afinal, o conformismo constante é nocivo na medida em que ficamos estagnados, sem desejo de progredir e de cunhar novos objetivos. Quem não quer uma casa melhor ou um carro novo para trazer mais conforto à família, por exemplo? A insatisfação, nesse sentido, ajuda a detectarmos que algo em nossa vida está ruim e é preciso mudar.
O problema está quando a sensação é de que nunca vamos atingir as metas que estipulamos — na maioria das vezes irreais. Aqui, começa a ser cunhada uma insatisfação além da conta, um quadro crônico que coloca em jogo a saúde mental e física de qualquer pessoa.
Além de uma demanda que parte do meio social, o sentimento pessoal e individual também contribui para a situação. Ademais, algumas características, somadas, delineiam o insatisfeito crônico:

  • expectativas irreais;
  • metas impossíveis;
  • visão distorcida da realidade;
  • negação como estratégia de enfrentamento;
  • falta de autoconhecimento;
  • necessidade constante de aprovação;
  • comparação desmedida;
  • inveja das outras pessoas.

Como superar o estado de insatisfação crônica?

Se você acabou sendo pego pelo espírito insatisfeito de Madame Bovary, saiba que é possível se esquivar da armadilha. A seguir, traçamos algumas estratégias bem direcionadas para que a sua insatisfação permaneça no nível saudável, não se estendendo para a presença perpétua no seu dia a dia.

Não se compare aos outros

O primeiro passo é se aceitar como uma pessoa única. Isso afasta a necessidade de se comparar aos demais. Aquela digital influencer é magra e tem uma vida dos sonhos por trás dos posts nas redes sociais? O amigo foi promovido ao cargo máximo da empresa e está viajando para o exterior todos os anos? Pode até ser estimulante aos olhos o sucesso alheio, mas a sua vida não é menos incrível por que não é igual a deles.

Não tente provar nada para as pessoas

Quando paramos de sentir inveja dos outros e deixamos as comparações tóxicas de lado, também devemos nos lembrar de que não temos a obrigação de provar nada a ninguém. Você não precisa provar que tem um bom emprego, que está feliz no casamento, que tem um diploma etc. A famosa fala de que “ninguém paga suas contas” cabe muito bem aqui!

Permita-se errar

Sabemos que a sociedade cobra muito — e às vezes nós mesmo nos cobramos —, mas não podemos deixar que nossas inúmeras responsabilidades nos ceguem diante da grande verdade de que o ser humano é imperfeito. Todo mundo é passível de cometer erros e, na verdade, dá para aprender muito com os nossos tropeços.

Deixe que as emoções guiem suas ações

O maior problema é que se instaurou um mito de que o que vale é a razão. Isso alimenta o pensamento de que nunca devemos ouvir os sentimentos, pois podemos nos dar mal. Não é bem assim, afinal. O equilíbrio reina em tudo, e até mesmo aqui — entre pensamento e emoção. Portanto, ouça suas intuições, sim, mas sem tirar os pés do chão.

Expulse pensamentos negativos

É impossível enxergar uma vida feliz com a cortina da negatividade fechada, tampando toda a sua visão. Portanto, está na hora de abri-la com uma boa dose de otimismo e pensamentos positivos, mesmo que em relação aos problemas. E não adianta dizer que é impossível, pois essa é uma questão de visão e escolha!

Desfrute mais do presente

A insatisfação crônica também anda de mãos dadas com a ansiedade e outros transtornos que prendem a alegria de viver em um momento que está ou no futuro ou no passado. E onde fica o presente nisso tudo? No aqui e no agora. Logo, tenha essa consciência da vida em curso e esteja ao máximo conectado no que está vivendo em sua plenitude.

Aproxime-se de pessoas positivas

Quer uma ajudinha nessa questão da positividade? Afastar do seu convívio aquelas pessoas que têm energia baixa e que são cínicas, invejosas, entediantes e negativas faz uma enorme diferença.
No lugar delas, rodeie-se de amigos e familiares contagiantes, motivados pela vida e que têm sempre uma palavra motivadora e positiva para compartilhar. Ninguém é assim o tempo todo, mas ao conviver com mais ambientes compostos nessa vibração reflete diretamente no modo como você enxerga e lida com sua vida em particular.

Conheça mais sobre PNL

Alguns exercícios auxiliam em tudo o que expomos até aqui. As técnicas de Programação Neurolinguística (PNL), por exemplo, são grandes aliadas quando o assunto é reformatar a nossa visão a respeito da vida de modo geral.
Às vezes estamos constantemente insatisfeitos porque repetimos os mesmos pensamentos, atitudes e palavras em detrimento dessa visão inconformista da realidade. Assim, a partir da PNL e da transformação dos hábitos e da quebra de nossos padrões limitantes, temos:

  • desenvolvimento da inteligência emocional;
  • maior domínio dos próprios pensamentos e comportamentos;
  • fortalecimento da autoconfiança;
  • mais clareza na identificação de metas e objetivos reais;
  • relacionamentos interpessoais otimizados;
  • construção de hábitos positivos e de sucesso.

A decisão de ser uma Emma Bovary está somente em suas mãos. A insatisfação crônica, como o próprio romance nos mostra, não é um problema recente. A atualidade reforça ainda mais essa patologia na vida de boa parte das pessoas, que raramente se sentem felizes com o que têm. Por isso é tão urgente começar a agir corretamente para se desenvolver pessoal e profissionalmente.
Agora que você já sabe mais sobre a insatisfação crônica, que tal dividir o que aprendeu com os seus amigos e ajudá-los a superar seus inconformismos nocivos? Compartilhe o post nas suas redes sociais!

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