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4 descobertas da neurociência que você precisa conhecer!

O nosso cérebro é algo incrível, tem um potencial muito maior do que realmente exploramos. Provavelmente, você já escutou isso muitas vezes. Mas, afinal, como colocar no dia a dia esse potencial todo para jogo? Muitas pistas sobre isso têm sido dadas pelas descobertas da neurociência por meio de pesquisas.

Por isso, neste post, você vai compreender o o que é e como as principais novidades sobre o tema têm ajudado no desenvolvimento pessoal e na busca do melhor de seu potencial. Confira!

O que é neurociência

Recentemente, é visível que uma atenção especial começou a ser direcionada às possibilidades da neurociência. Essa área tem seu objeto de estudo relacionado à medicina, trabalhando na interface de várias outras linhas da ciência, dentre elas:

  • biologia;
  • pedagogia;
  • psicologia;
  • anatomia;
  • genética;
  • fonoaudiologia;
  • filosofia;
  • física;
  • tecnologia e muitos mais.

Vale ressaltar que essa ciência tem contribuído muito para esclarecer o que acontece no cérebro humano, desde a sua formação até o seu envelhecimento. Por isso, também tem ajudado os pesquisadores a compreender o que transcorre no cérebro quando ele acessa novas informações, de que maneira ele processa essas novidades e como o aprendizado se torna um conhecimento para a vida toda.

Na denominada “Década do Cérebro”, que se deu nos últimos dez anos do século XX, começamos a conhecer bastante do que sabemos hoje sobre o funcionamento desse órgão. Antes disso, por exemplo, não era possível ver o cérebro em funcionamento sem o auxílio das novas técnicas de imagem. Da mesma forma, até os anos 50, nada se sabia sobre a existência de sinapses químicas cerebrais.

É importante destacar que essa área de estudo trabalha com três elementos: o cérebro, a medula espinhal e os nervos periféricos. Isso porque o sistema nervoso tem muitas complexidades, até mesmo para quem se disponibiliza a estudá-lo com foco em desenvolver pesquisas para algum conhecimento voluntário ou científico. Sendo assim, é necessário separar o estudo por partes, porque uma divisão facilita a assimilação dos profissionais e estudiosos.

As descobertas da neurociência

É muito interessante observar que o nosso cérebro opera em dois sistemas, sendo o primeiro deles o sistema deliberado, que cuida de tarefas sofisticadas, como:

  • equilíbrio emocional;
  • planejamento;
  • capacidade de raciocínio.

Por sua vez, o automático nada mais faz do que filtrar as atividades com o intuito de automatizá-las e de criar atalhos para acessar informações. Assim sendo, ele poupa o sistema deliberado.

Caso o deliberado esteja sobrecarregado, deixa a pessoa com menos equilíbrio das emoções e menos racional. A verdade é que ele se sobrecarrega com facilidade! Já o sistema automático cria linhas cruzadas na comunicação e faz com que a gente pressuponha muitas coisas.

Tudo isso não é apenas especulação. Por esse motivo, não adianta perder tempo em busca de soluções milagrosas, quando a ciência traz evidências de como o nosso cérebro opera. Dito isso, vamos às quatro principais descobertas da neurociência que você precisa conhecer!

1. Anotar tudo é uma boa solução

Sabemos que a capacidade de armazenamento do nosso cérebro é limitada e que seu esforço requer energia para toda informação que precisemos que ele resgate, por mais simples que essa informação seja. A partir do momento que isso acontece, sobra menos potência para a execução de tarefas mais complexas, como o aprendizado de conceitos e a resolução de problemas.

Se você cria um processo claro de captura de informações, tais como listas de afazeres e ideias registradas em um bloco de notas, ou até mesmo em um papel, você consegue poupar o trabalho que o seu cérebro terá para lembrar as coisas, e permite que ele se concentre na execução.

Portanto, organizar-se e ter esse tipo de cuidado é uma atitude mais inteligente do que perder horas tentando decorar algo, certo?

2. Ficar na defensiva pode ser um mau negócio

É fato que o sistema de defesa do nosso cérebro está programado para nos ajudar a vencer situações de risco, visto que isso parte do modo automático de seu funcionamento.

Vamos imaginar a situação de quando nossos ancestrais encontravam um animal ameaçador na selva. Então, compreenderemos que a reação imediata era lutar, fugir ou ficar paralisado. No mesmo sentido, a mente do ser humano ainda funciona assim, mesmo que os perigos que encaremos hoje, em nosso dia a dia profissional, sejam bem mais moderados do que um leão pronto para devorar a nossa família!

Um estudo feito pelo Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), da USP mostrou que a exposição ao estresse negativo afeta diretamente o córtex pré-frontal, a região responsável por boa parte do sistema deliberado. Ou seja, quando você percebe que está em uma situação ameaçadora, seu comportamento torna-se mais impulsivo, você comete mais erros e pensa de uma maneira “pior”.

Mas, afinal, como lidar com isso? Uma boa forma de contornar esse quadro é identificar e anotar as “ameaças” mais comuns em seu cotidiano, com o objetivo de trazê-las à consciência e tentar não reagir a elas impensadamente.

Por exemplo: se a sua ameaça, em algum momento, é um colega de trabalho (com quem você não se dá bem) tecendo um comentário natural sobre sua função, convém se prevenir e tomar cuidado com uma possível reação sua acima do tom frente a essa situação.

3. Conhecer as funções executoras é importante

Aquelas habilidades cognitivas que nos permitem controlar ideias mentalmente são chamadas de funções executoras. Dessa forma, essas capacidades mentais estimulam a resolução consciente, voluntária, ativa e eficaz dos problemas que acontecem no decorrer da vida cotidiana. Por fim, as “funções executoras” classificam essas habilidades em três tipos:

  • inibição;
  • memória de trabalho;
  • flexibilidade cognitiva.

Por exemplo, se essas categorias não forem bem desenvolvidas, é possível que façam um diagnóstico de maneira equivocada das dificuldades de aprendizagem, como o transtorno TDAH (transtorno de déficit de atenção). Diante disso, elencamos as habilidades indispensáveis para um correto desenvolvimento:

  • aceitar as mudanças em nosso entorno;
  • aprender a ser flexível;
  • conseguir se concentrar em uma tarefa;
  • persistir em um objetivo;
  • controlar a ansiedade;
  • resistir aos próprios impulsos;
  • reter a informação na mente para, com ela, operar adequadamente.

4. Fazer uma lista mental aumenta as chances de sucesso

Repassar mentalmente ou até em voz alta o texto que você vai falar em uma conversa com o chefe ou em uma apresentação importante é mais relevante do que se possa imaginar. Assim sendo, ter a chance de visualizar o que deve ser feito é uma técnica já muito aplicada nos esportes, e que funciona muito bem, pois isso ativa o cérebro de maneira parecida ao que seria a vivência real daquela passagem.

Dito isso, a semelhança entre o que é visto e o que é executado depois fica entre 60 e 90%. Consequentemente, um ensaio bem feito cria caminhos neurais no cérebro da pessoa que, por sua vez, aumentam as possibilidades de que a mesma cena se repita no momento da execução. Isso porque temos uma tendência a replicar aquele comportamento já decodificado na mente.

Tudo isso foi testado e comprovado em diversas pesquisas e tem sido amplamente utilizado no universo empresarial. Com o intuito de aplicar essa técnica, a recomendação é iniciar com o exercício de visualizar os êxitos do passado, em seguida respirar de maneira que não se perca foco e, então, partir para a execução com o apoio do maior número de detalhes sensoriais possível, do começo ao fim.

Concluindo, as descobertas da neurociência têm revelado incontáveis segredos do cérebro. Assim sendo, limitar-se apenas à visão biológica dele seria perder boa parte de sua essência e abrir mão de seu outro grande valor: o cultural. Por isso, é cada vez mais válido fazer um curso nessa área, uma vez que ela é uma excelente opção para se desenvolver.

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