Diante da pandemia do novo coronavírus, a Organização Mundial da Saúde publicou uma nota recente em que menciona a necessidade de os governos investirem em programas de saúde mental, visto que casos de ansiedade já apresentaram crescimento durante o isolamento social. O tema passou a ser discutido com mais ênfase, especialmente no que tange os desafios de lidar com a sociedade no período pós-pandemia.

Ficar em confinamento e ser impedido de fazer coisas simples, como sair de casa e visitar entes queridos, têm impactado diretamente a saúde mental das pessoas, o que pode acarretar um desequilíbrio emocional de grandes proporções. No entanto, as mudanças geradas pela pandemia vão muito além de empecilhos sociais, como também o receio da doença e dificuldades econômicas.

Mas saiba que é possível evitar a ansiedade no período pós-pandemia. Neste post vamos lhe explicar como agir de maneira preventiva e o que fazer ao notar esse quadro. Confira e boa leitura!

Como perceber que a ansiedade está sendo prejudicial?

Em primeiro lugar, entenda que a ansiedade é uma reação normal de nossa mente e corpo diante dos desafios e adversidades da vida. Nos últimos anos os quadros vêm aumentando, sendo recorrente na vida do século XXI. Isso porque a tecnologia e a rotina corrida podem agravar os sintomas da doença, somam-se a isso o isolamento social e o pós-pandemia.

Nesse sentido, a sociedade passou a aprender a conviver com esse quadro. Porém, se está difícil controlar preocupações e os sentimentos de ansiedade são constantes (a ponto de prejudicar a vida pessoal e profissional) é preciso buscar ajuda. Em casos graves de ansiedade generalizada, alguns fatores podem estar associados, como:

• transtorno de estresse pós-traumático;
• transtorno de ansiedade social (fobia social);
• transtorno obsessivo compulsivo (TOC);
• síndrome do pânico;
• fobias gerais;
• depressão.

Quais desafios a pandemia gerou para a nossa rotina?

Alguns fatores fizeram com que quadros de ansiedade viessem a se agravar, em razão das medidas restritivas impostas para prevenção ao contágio pelo novo coronavírus. Entre elas, destacamos as seguintes:

Isolamento social

Ficar por meses dentro de casa tem sido uma situação terrível para várias pessoas. Alguns grupos são mais vulneráveis, como os idosos, pois o isolamento social pode gerar transtornos de ansiedade, associado ao medo do contágio e da tristeza pelo distanciamento da família.

Apreensão com a saúde

O bombardeio de notícias de vítimas fatais, explosão de casos e possíveis consequências também podem gerar pensamentos negativos frequentes, levando a um quadro de ansiedade em algumas pessoas.

Problemas financeiros

Este é um dos piores desafios na pandemia. Empresas fechando, corte ou suspensão de salários e desemprego são alguns fatos que estão favorecendo quadros de ansiedade aguda.

Qual a importância do seu tratamento e prevenção?

O grande problema de transtornos mentais como a ansiedade é que, muitas vezes, demoramos para perceber o quanto essa situação está sendo prejudicial. É muito comum que as pessoas só busquem apoio psicológico e formas de autoconhecimento quando já está instalado um sentimento ou comportamento altamente desfavorável.

A pandemia evidenciou os sintomas da doença e, por isso, um ponto fundamental no período pós-pandemia é tratar o problema no processo de retomada das atividades. Assim sendo, a prevenção da ansiedade começa com o chamado autocuidado, por meio de medidas simples que todos podemos fazer. Por exemplo:

• não se prender a pensamentos negativos;
• não supervalorizar situações;
• evitar altas expectativas sobre fatos que não aconteceram;
• aumentar a qualidade de vida com uma alimentação equilibrada, horas de sono suficientes e exercícios físicos regulares;
• evitar o consumo exagerado de conteúdos nas redes sociais e veículos de mídia;
• planejar sua rotina de trabalho e lazer;
• ter momentos de descanso mental (meditação ou práticas voltadas à espiritualidade);
• buscar calma na respiração e leveza na postura física.

Como vencer a ansiedade pós-pandemia?

Se você imagina estar com um quadro de ansiedade nessa fase e se preocupa com o pós-pandemia, não se intimide em buscar um profissional de saúde mental, como um psicólogo e/ou psiquiatra.Em muitos casos, a ansiedade pode estar associada a um desequilíbrio químico cerebral, principalmente na produção de serotonina, responsável pela sensação de prazer e bem-estar.

Há, pelo menos, três tipos de tratamentos para eliminar a ansiedade. São eles:

• psicoterapia: ideal para reconhecimento do problema e identificar como agir diante dos quadros de ansiedade leve;
• acompanhamento psiquiátrico: para casos mais graves, o psiquiatra pode sugerir o uso de medicamentos antidepressivos, ansiolíticos e betabloqueadores. Contudo, normalmente é indicada a psicoterapia em conjunto;
• tratamentos naturais e adoção de novos hábitos: atividades voltadas ao bem-estar e condicionamento físico e mental são cada vez mais adotadas. Práticas como Mindfullness, ioga, acupuntura, pilates, terapias holísticas e uso associado de fitoterápicos são bons tratamentos para reduzir o estresse.

O período pelo qual a sociedade está passando é sem precedentes na nossa geração. Por isso, é normal lidarmos com um aumento nos casos de ansiedade. De todo modo, é essencial contar com ajuda especializada para o diagnóstico e indicação de tratamento psicológico mais adequado paa você, tanto para viver esse momento atual quanto para auxiliar na retomada de atividades no pós-pandemia.

Acha que mais pessoas precisam lidar com a ansiedade no dia a dia ? Que tal compartilhar este artigo nas suas redes sociais e levar informação aos seus amigos?